terça-feira, 24 de maio de 2011

DESENVOLVIMENTO E SITUAÇÃO ATUAL DA AGRICULTURA DE BASE ECOLÓGICA NO BRASIL E NO ESTADO DE SÃO PAULO1

Lucimar Santiago de Abreu 2; Paul Kledal3, Kleber Pettan4, Fernando Rabello5,
Sérgio C. Mendes6
RESUMO
O objetivo deste trabalho é o de apresentar a situação atual do desenvolvimento da
produção de base ecológica no Brasil, e no Estado de São Paulo. Para tanto, resgatou-se o
histórico da emergência e expansão da agricultura de base ecológica, identificou-se a diversidade
da produção e do mercado, os elementos motivadores desta expansão e os obstáculos, à luz do
contexto atual.
Realizamos a interpretação sócio-econômica de dados estatísticos coletados, análise de
entrevistas efetuadas com diferentes agentes sociais e organizações econômicas. Os resultados
foram os seguintes: i) histórico da emergência e expansão da agricultura de base ecológica; ii)
Identificação do estado de desenvolvimento da produção de base ecológica no Brasil; iii)
Identificação do desenvolvimento da produção de base ecológica do Estado de São Paulo iii)
Identificação e caracterização das cadeias da produção certificadas respectivamente para
exportação e mercados locais. iv) Comentários sobre diversos aspectos da produção e do mercado,
baseados nos estudos de casos conduzidos no âmbito do projeto Global Org, e das ações de
pesquisas dos autores, e em especial sobre o processo de transição em curso.
Os resultados devem subsidiar a formulação de políticas públicas no âmbito do
desenvolvimento da produção e comercialização de alimentos orgânicos do País7.
Palavras chaves: Desenvolvimento da produção de base ecológica, mercado; políticas públicas;


http://orgprints.org/15897/

domingo, 15 de maio de 2011

ORGANIZAÇÃO E SUSTENTABILIDADE DA AGRICULTURA FAMILIAR EM ESPAÇOS PERI-URBANOS: O CASO DA VITIVINICULTURA DE JUNDIAÍ1

RESUMO
Se por um lado a elevada concentração populacional significa importante mercado
consumidor para os produtos agrícolas, dos espaços peri-urbanos das áreas metropolitanas de
São Paulo e de Campinas e entre estas duas regiões, por outro, a espacialização dessa
população nos moldes atuais oferece sérias pressões para a agricultura. Neste contexto, a
vitivinicultura do Município de Jundiaí constitui um caso emblemático. A produção agrícola
do município, particularmente das áreas mais próximas à cidade e às estradas, sofre pressão
imobiliária, aumento do preço da terra e conflitos com a vizinhança gerados pela emergência
de outros usos do espaço. Diante dos inúmeros problemas e da atraente possibilidade de
venda das propriedades, por que o produtor familiar ainda resiste e permanece na atividade?
A hipótese defendida pelo artigo é que as novas formas de organização dos produtores de uva
e vinho de Jundiaí, bem como as novas formas de representação de seus interesses em fóruns
de negociação mais amplos como o Circuito das frutas, proporcionam novas perspectivas de
sustentabilidade e inserção desses no mercado. Portanto, tratou-se de analisar as novas
possibilidades da reprodução social dos produtores familiares das áreas peri-urbanas a partir
do caso dos produtores de uva e vinho da região de Jundiaí.
Palavras-chaves: organização de produtores, agricultor familiar, produtor de uva e vinho,
peri-urbano

http://www.sober.org.br/palestra/6/866.pdf


sábado, 14 de maio de 2011

OCUPAÇÃO, UNIÃO E LUTA DOS POSSEIROS NO CINTURÃO VERDE PAULISTA


Este trabalho se propõe a discutir a viabilidade social das pequenas unidades de produção agrícola que destinam sua produção aos mercados de regiões metropolitanas. A partir de uma análise dos estudos clássicos e da atualidade, chegasse à conclusão de que a ocupação de terras por parte de muitos camponeses é, sobretudo, uma luta contra a especulação imobiliária. Os camponeses do bairro rural chácaras Santo Ângelo, têm demonstrado que a união do grupo é o meio que fortalece a luta e cria um ambiente pedagógico de aprendizagem e conscientização política.


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segunda-feira, 2 de maio de 2011

Renda no campo e na cidade


matéria de revista publicada em 14/04/2011

Na relação entre campo e cidade, a fronteira definida dá lugar cada vez maior à integração. Globalizado, o produtor rural transforma o trabalho diário em negócio, garantindo alimentos, insumos e matérias-primas para a zona urbana






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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Mudança tecnológica na produção agrícola de área de manancial, em São Paulo - Brasil *


O modelo tecnológico hegemônico na agricultura tem contribuído para a degradação ambiental. Seu papel em proporcionar serviços ambientais é enfatizado, se mudanças tecnológicas forem implementadas e se os grupos sociais, que vivem e desfrutam de um estilo de vida rural, forem fortalecidos. Estes grupos atuam como barreiras para a ocupação urbana desordenada. Este artigo analisa a possibilidade de agricultores familiares, na Bacia do Alto Tietê Cabeceiras, Região Metropolitana de São Paulo-Brasil, construir coletivamente normas de produção ambientalmente adequadas, para apresentar ao Sub-comitê de Bacia, como proposta de um projeto gradual de mudança tecnológica. Desta forma, os agricultores deixarão de degradar o recurso hídrico. Baseada na Nova Economia Institucional – NEI, Économie de la Qualité, e na experiência brasileira da Certificação Participativa em Rede – CPR, oficinas foram organizadas sobre melhores práticas de irrigação e insumos, além da construção de um sistema de garantia com controle social. Cada oficina foi organizada usando a metodologia de grupos focais. Era feita uma apresentação provocativa rápida, seguida por propostas de normas discutidas com os agricultores a partir de suas práticas, ou de medidas que pudessem facilmente ser introduzidas.
As menos restritivas foram formalizadas em tarjetas com o objetivo de mostrar as práticas consensuadas. Uma série de seis oficinas em cada uma das quatro microbacias selecionadas foi realizada em parceria com a extensão rural, atendendo os municípios relevantes da região, em termos de agricultura. O produto foi um sistema de controle social da qualidade e um caderno de normas. Foi demonstrado que produtores e a Câmara de Planejamento do Sub-comitê têm grande interesse em construir o sistema de garantia de qualidade ambiental da produção agrícola do Alto Tietê Cabeceiras. Há maiores dificuldades com as agências agrícolas de desenvolvimento local. Os agricultores demonstraram ao comitê seu interesse em entrar num projeto de qualidade ambiental que permita a agricultura desenvolver o papel de prestadora de serviços ambientais e solicitaram ao comitê seu envolvimento no financiamento das ações necessárias; na participação na construção de instituições para o sistema de garantia, baseado no controle social, e na promoção do produto com seu selo.

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* artigo de 2007

segunda-feira, 18 de abril de 2011

O Programa SAI e seu efeito na capacitação do empresário rural do Alto Tietê - SP


A região do Alto Tietê caracteriza-se por uma das mais produtivas regiões agrícolas do país, concentrando sua produção nas cadeias das hortaliças folhosas, cogumelos comestíveis, caqui, nêspera e flores. Com uma concentração de aproximadamente 80% de pequenos produtores rurais com áreas de até 20 hectares, exige dos atores locais um elevado grau de sinergia para que possam efetivamente implantar seus recursos financeiros, econômicos, produtos e serviços em prol do desenvolvimento territorial. O estudo aborda a importância do esforço coletivo do SEBRAE/SP, Sindicato Rural de Mogi das Cruzes e CATI/EDR Mogi das Cruzes, que implantaram um programa conjunto para atuarem no setor agrícola a partir de 1997. Mostra, também, que a partir do ano de 2001, por meio do Programa SAI, convênio realizado entre estes parceiros, o acesso do produtor rural a capacitação é ampliado, refletindo numa mudança da rede de atores locais, com a organização de novos grupos de produtores. Observou-se, também, a importância de disponibilizar um conjunto de meios para o produtor se capacitar, não só através de cursos, mas também, no intercâmbio com outros elos da cadeia.

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Perspectivas para a Agricultura da Bacia do Alto Tietê


A partir de levantamento em três sub-bacias, com diferentes impactos de urbanização, na Região Metropolitana de São Paulo, buscou-se identificar quais são as estratégias e as perspectivas à preservação e fortalecimento da atividade agrícola na região. Com base na metodologia de sistemas agrários foi elaborada uma tipologia de trajetória e um recorte considerando a forma de organização do trabalho e de obtenção de renda não agrícola. Identificou-se, que com exceção das famílias que estão vivendo o ciclo da vida desfavorável em termos de força de trabalho para a agricultura, os demais parecem ter se estabilizado na região mais pelo sentimento de “pertencimento” (Parelheiros-São Paulo) e pela definição de estratégias de agregação de valor (Guaracau-Guarulhos) do que pelas condições econômicas atrativas da atividade. O Balainho (Suzano), a área com menor impacto urbano estudado, parece estar ainda vivendo o período de ajustamento em que o processo de desistência dos sucessores nas famílias japonesas ainda não se completou. Estas áreas estão sendo arrendadas ou usadas por migrantes que desenvolvem atividades mais dependentes do uso de agrotóxicos. Cenários futuros, considerando a tendência natural e algumas alternativas resultantes de uma mesa de negociação, são descritas

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