domingo, 15 de maio de 2011

ORGANIZAÇÃO E SUSTENTABILIDADE DA AGRICULTURA FAMILIAR EM ESPAÇOS PERI-URBANOS: O CASO DA VITIVINICULTURA DE JUNDIAÍ1

RESUMO
Se por um lado a elevada concentração populacional significa importante mercado
consumidor para os produtos agrícolas, dos espaços peri-urbanos das áreas metropolitanas de
São Paulo e de Campinas e entre estas duas regiões, por outro, a espacialização dessa
população nos moldes atuais oferece sérias pressões para a agricultura. Neste contexto, a
vitivinicultura do Município de Jundiaí constitui um caso emblemático. A produção agrícola
do município, particularmente das áreas mais próximas à cidade e às estradas, sofre pressão
imobiliária, aumento do preço da terra e conflitos com a vizinhança gerados pela emergência
de outros usos do espaço. Diante dos inúmeros problemas e da atraente possibilidade de
venda das propriedades, por que o produtor familiar ainda resiste e permanece na atividade?
A hipótese defendida pelo artigo é que as novas formas de organização dos produtores de uva
e vinho de Jundiaí, bem como as novas formas de representação de seus interesses em fóruns
de negociação mais amplos como o Circuito das frutas, proporcionam novas perspectivas de
sustentabilidade e inserção desses no mercado. Portanto, tratou-se de analisar as novas
possibilidades da reprodução social dos produtores familiares das áreas peri-urbanas a partir
do caso dos produtores de uva e vinho da região de Jundiaí.
Palavras-chaves: organização de produtores, agricultor familiar, produtor de uva e vinho,
peri-urbano

http://www.sober.org.br/palestra/6/866.pdf