sexta-feira, 11 de novembro de 2011

UTILIZAÇÃO DE FERTILIZANTES FORMULADOS NAS CULTURAS ANUAIS DO ESTADO DE SÃO PAULO

Célia Regina R.P. T. Ferreira; Maria Carlota M. Vicente; Elizabeth Alves e Nogueira
O trabalho procura identificar as fórmulas de adubação, empregadas no plantio das principais culturas anuais do Estado de São Paulo, bem como estimar as quantidades utilizadas desses fertilizantes por Divisão Regional Agrícola (DIRA) e para o Estado, na safra 1987/88.
Os resultados obtidos apontaram um elevado número de formulações, embora a maioria das DIRAs, dos imóveis rurais e das atividades agrícolas estudadas se concentrem no uso de algumas fórmulas, como a 04-14-08, por exemplo. Nessas lavouras, os agricultores aplicaram uma adubação mais pesada em fósforo, seguida de potássio e, em menor porcentagem, de nitrogénio. Constatou-se, ainda, que o comportamento dos produtores com relação ao emprego dos fertilizantes no plantio esteve, de modo geral, muito próximo das recomendações técnicas da pesquisa para o setor agrícola paulista.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Integração vertical na citricultura paulista: a terra como um recurso de poder das empresas processadoras

 Vieira, Ana Claudia e Alves, Francisco José da Costa
Este artigo trata da estratégia de verticalização para trás adotada pelas empresas processadoras de suco de laranja concentrado localizadas no Estado de São Paulo. Insere na discussão dessa estratégia o papel que a terra desempenha, uma vez que, considerando o mercado de terras no Brasil, ela é adquirida não apenas pelo aspecto diretamente relacionado à produção, mas também por ser um ativo que se valoriza. Utilizando a abordagem das redes de poder, este trabalho enfatiza os recursos de poder possuídos pelas empresas processadoras e também o ambiente institucional como elementos facilitadores da integração vertical por parte das indústrias processadoras. Após a adoção da estratégia, os recursos de poder das empresas são fortalecidos.

domingo, 30 de outubro de 2011

INTERAÇÃO DO ENSINO TÉCNICO NO DESENHO DO DESENVOLVIMENTO DA AGRICULTURA REGIONAL NO ESTADO DE SÃO PAULO

Chabaribery, Denyse et alii
A pesquisa faz uma reflexão sobre a inserção das escolas técnicas agrícolas do Estado de São Paulo nos contextos regionais, tentando avaliar as possibilidades dessas instituições como veiculadoras de programas educacionais que propiciem a construção de projetos próprios para o desenvolvimento da agricultura familiar. Conclui-se que essas instituições de ensino são importantes na articulação de agentes locais buscando novas alternativas, bem como, para a formação de novos quadros para o desenvolvimento da agricultura familiar.

Inovação na indústria sucroalcooleira paulista: os determinantes da adoção das tecnologias de agricultura de precisão

As tecnologias de Agricultura de Precisão (AP) já são adotadas nas lavouras do Brasil, com técnicas cada vez mais produtivas, indispensáveis para garantir a liderança do País na produção agrícola. No entanto, ainda não existem estudos sobre a intensidade do uso das tecnologias de AP no País e dos condicionantes de sua adoção. 
O desafio central deste trabalho foi, então, investigar o processo de adoção e uso das tecnologias de AP alcançado pela indústria sucroalcooleira no estado de São Paulo. Para tanto, foram utilizados dados primários, a partir de encaminhamento de questionário a todas as empresas do setor sucroalcooleiro paulista, com o objetivo de conhecer não só o grau de adoção e uso das tecnologias de AP, mas também de verificar a influência das variáveis estudadas na probabilidade de adoção dessas tecnologias. 
As conclusões deste trabalho sugerem não apenas que o percentual de adoção das tecnologias de AP é elevado na indústria sucroalcooleira paulista, mas também que a probabilidade de adotar tais tecnologias é maior em ordem decrescente de importância, em usinas/destilarias de capital nacional, que fazem parte de um grupo empresarial, de orientação exportadora, de gestão profissional, e que utilizam maior percentual de recursos próprios para investimentos na empresa.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Trocando ovelhas e cabras por cana irrigada no Semiárido

  Rinaldo dos Santos
Revista O BERRO, nº 149 - Outubro de 2011
Parece brincadeira, mas não é. O Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, está com o Projeto pronto. Não é um ministro qualquer; é justamente o da Integração Nacional. Ao invés de integrar a região sertaneja nordestina, por meio de cabras e ovelhas, ele pretende desintegrar, trocando os inocentes ruminantes pela cana irrigada. Liquidar o certo, para ficar com o incerto!
O principal objetivo do Projeto é, além de ampliar a produção do combustível no Brasil, impulsionar o programa de irrigação na região, cujo investimento poderá alcançar R$ 5 bilhões por meio de PPPs (parcerias público-privadas).
iz o projeto que “aliados à irrigação, o clima seco, a alta incidência de luz solar e as chuvas concentradas em poucos meses do ano fazem da região uma das melhores do Brasil para o cultivo da cana-de-açúcar”.
Continua, dizendo que, “segundo pesquisas da Embrapa, a cana-de-açúcar plantada na região chega a ter produtividade de 200 toneladas por hectare”. Afirma, também, que “a condição ideal afastaria o risco de quebra da safra da cana por condições climáticas, como ocorreu neste ano na região centro-sul do país, e a consequente elevação dos preços dos combustíveis por falta de oferta de etanol”.
www.remaatlantico.org/Members/suassuna/campanhas/trocando-ovelhas-e-cabras-por-cana-irrigada-no-semiarido/view

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Os principais programas de investimento na eletrificação rural paulista e seus benefícios

Odail Pagliardi; Angelo Gemignani Sobrinho; José Alberto Juliani; Wanderley Bernardi
O Ministério da Agricultura, através do Grupo Executivo de Eletrificação Rural – GEER, criado em 1970, deu o passo decisivo para eletrificar as propriedades agrícolas brasileiras. O programa I PNER, considerado o marco inicial da eletrificação rural, foi importante para São Paulo, possibilitando o atendimento de 1630 usuários. Os programas que se sucederam, permitiram que o Estado deixasse a incômoda posição de ter 15% apenas de suas propriedades eletrificadas, em 1970, para atingir 60% em meados da década de oitenta.
Desde então, após cerca de uma década, em 1996, as autoridades governamentais se empenharam para continuar levando a eletricidade ao campo paulista, apresentando o Programa Luz da Terra, com recursos provenientes do BNDES e do FEAP, tendo como agente financiador a Nossa Caixa – Nosso Banco. O programa, ainda em vigor, tem como objetivo atingir 80% de eletrificação das propriedades.
O fato interessante, no que diz respeito a este financiamento, é quanto ao programa ser feito com base no valor produto plantado pelo agricultor a exemplo do crédito rural tradicional. Contudo existem críticas ao Programa principalmente em relação ao montante financiado e a atuação das concessionárias elétricas.

O MERCADO DE MÃO-DE-OBRA VOLANTE NA AGRICULTURA PAULISTA, 1974/75 A 1986/87

Maria Carlota Meloni Vicente, Evaristo Marzabal Neves, José Roberto Vicente
O objetivo deste trabalho foi analisar aspectos da demanda e oferta de mão-de-obra volante na agricultura paulista. 0 mercado de mão-de-obra volante foi representado por equações simultâneas, onde as variáveis endógenas foram o número de volantes e o salário. 0 período analisado estendeu-se de novembro de 1974 a setembro de 1987, com observações para vários meses do ano (fevereiro, abril, junho, setembro e novembro)4 o que possibilitou avaliar a estacionalidade do trabalho. As estimativas dos parâmetros das equações estruturais foram obtidas pelo método dos Mínimos Quadrados em Dois Estágios. Os dados básicos utilizados na pesquisa tiveram como fonte o Instituto de Economia Agrícola (IEA) e a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os resultados obtidos indicaram inelasticidade-salário da demanda e elasticidade-salário da oferta da ordem de 1,03. As variáveis deslocadoras da função de demanda foram a motomecanização das operações de capina e colheita, a relação entre os preços recebidos e os preços pagos pelos agricultores, o emprego de residente, uma variável binária para o mês de junho e a tendência. Na equação de oferta, foram significativos os coeficientes das variáveis salário da mão-de-obra volante, salário mínimo (utilizado como salário alternativo) e tendência.