domingo, 18 de setembro de 2011

Agroecologia, agricultura camponesa e soberania alimentar

Miguel A. Altieri
Forças globais questionam a capacidade dos países em desenvolvimento para alimentarem-se. Vários países têm organizado suas economias em torno de um competitivo setor agrícolaorientado para a exportação, baseado principalmente nas monoculturas. Pode-se afirmar queas exportações agrícolas de culturas, como a soja no Brasil, contribuem enormemente àseconomias ao trazer divisas fortes que se pode utilizar para comprar outros bens noestrangeiro. No entanto, este tipo de agricultura industrial também traz uma variedade de problemas econômicos, ambientais e sociais, inclusive impactos negativos à saúde pública, àintegridade ecossistêmica, à qualidade dos alimentos e, em muitos casos, transtornos dossustentos rurais tradicionais, acelerando o endividamento de milhares de agricultores.
Revista Nera Ano 13, Número 16 - Janeiro/Junho de 2010 - ISSN 1806-6755
http://www4.fct.unesp.br/nera/rev16.php
 


RURALIDADES, URBANIDADES E A TECNICIZAÇÃO DO RURAL NO CONTEXTO DO DEBATE CIDADE-CAMPO

Luciano Z. P. Candiotto, Walquíria K. Corrêa
Os conceitos de rural e urbano / campo e cidade vêm sendo amplamente utilizados na Geografia e em outras ciências para evidenciar características socioespaciais peculiares, de modo que tais conceitos estão cristalizados nos mais diversos grupos sociais. O debate acadêmico em torno das interpretações do rural/urbano também é antigo, porém nos dias atuais, vem sendo renovado a partir de novos eventos e ações que vão se inserindo e modificando o que até então, era facilmente entendido como rural ou como urbano. Sabendo dessa maior complexidade do espaço geográfico, bem como das dificuldades em identificar e delimitar o espaço rural do urbano, buscamos apresentar os fundamentos das correntes de interpretação da relação cidade-campo, e discutir alguns conceitos quepodem contribuir para esse debate. 

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Agricultura familiar tem programa aprovado em São Paulo

A Assembleia Legislativa aprovou por unanimidade, em 13/9, projeto de lei do governo estadual de São Paulo, que cria o Programa Paulista da Agricultura de Interesse Social (PPAIS), voltado aos agricultores familiares.  Foi aprovada também a  inclusão de um representante desses agricultores no conselho gestor do programa.
 http://jusclip.com.br/agricultura-familiar-tem-programa-aprovado/

sábado, 10 de setembro de 2011

São Paulo: segregação urbana e desigualdade

Flávio Villaça
O espaço urbano não é um dado da natureza, mas um produto do trabalho humano. Uma nova maneira de abordar a segregação urbana vale também não só para a Região Metropolitana de São Paulo, como também para todas as demais Regiões Metropolitanas do Brasil. Esclarece os avanços por ela possibilitados, a saber: tanto o relacionamento da segregação com a estrutura espacial urbana como um todo, como seu relacionamento com todos os componentes da totalidade social. Nesse sentido, faz uma análise da segregação espacial dos empregos da população na cidade de São Paulo, mostrando a relação entre a segregação residencial e a segregação dos locais de emprego, bem como a relação dessas segregações com a desigualdade e a dominação sociais. Finalmente, mostra a relação entre a produção social do espaço e a produção social do tempo, mediante análise da relação entre o espaço urbano e o tempo gasto pelos moradores das metrópoles em seus deslocamentos nesse espaço. 
Estud. av. vol.25 no.71 São Paulo jan./abr. 2011
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142011000100004&lng=pt&nrm=iso

Alguns projetos da FAO no Brasil

E. M. Elpídio Paranhos em Santo Amaro/BA
Veja no documento da FAO um pequeno relato a respeito do setor florestal e do setor pesqueiro no Brasil. No primeiro, um diagnóstico do setor e os impactos do desmatamento. No segundo a evolução do setor pesqueiro e nele, o grande avanço da aquicultura. Veja ainda, entre os projetos patrocinados pela FAO, o de implantação de hortas escolares (foto acima).
https://www.fao.org.br/imagens/imgFAOBrasilMCT.jpg

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

TRAJETÓRIAS DE TRANSIÇÃO DOS PRODUTORES DE BASE ECOLÓGICA DE IBIÚNA/SP E INDICADORES SOCIAIS DE SUSTENTABILIDADE

Marines Kerber
Lucimar Santiago de Abreu

O presente artigo tem o objetivo de contribuir com a discussão sobre a sustentabilidade da agricultura familiar brasileira, através da reconstrução das trajetórias de transição de produtores familiares e da construção de indicadores sociais de sustentabilidade, com base em princípios participativos. 
O estudo de caso foi realizado na comunidade rural do Verava, município de Ibiúna – SP, onde agricultores familiares aderiram ao modo de produção de base ecológica motivados pela necessidade de melhoria das condições de renda. Para entender esse processo, foram reconstruídas as trajetórias de transição em períodos distintos, identificados e caracterizados os indicadores sociais de sustentabilidade, integrando na análise a visão dos agricultores do universo da pesquisa. Tal abordagem permitiu captar a dinâmica, os momentos chave do processo de transição, os avanços e os desafios no âmbito do desenvolvimento local. A pesquisa gerou um conjunto de conhecimentos que poderão servir de subsídio para a formulação de políticas públicas.
Palavras-Chave: Agricultura familiar, Trajetórias de transição, Indicadores sociais de sustentabilidade.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

PANORAMA DA AGRICULTURA URBANA E PERIURBANA NO BRASIL E DIRETRIZES POLÍTICAS PARA SUA PROMOÇÃO

Alain Santandreu (IPES/RUAF) e Ivana Cristina Lovo (REDE – IPES/RUAF)
A Agricultura Urbana e Periurbana (AUP) é um conceito multi dimensional que inclui a produção, o agro extrativismo e a coleta, a transformação e a prestação de serviços, de forma segura, para gerar produtos agrícolas (hortaliças, frutas, ervas medicinais, plantas ornamentais, etc.) e pecuários (animais de pequeno, médio e grande porte) voltados ao auto consumo, trocas e doações ou comercialização, (re) aproveitando-se, de forma eficiente e sustentável, os recursos e insumos locais (solo, água, resíduos sólidos, mão-de-obra, saberes etc.). Essas atividades podem ser praticadas nos espaços intra-urbanos ou periurbanos, estando vinculadas às dinâmicas urbanas ou das regiões metropolitanas e articuladas com a gestão territorial e ambiental das cidades.
Essas atividades devem pautar-se pelo respeito aos saberes e conhecimentos locais, pela promoção da equidade de gênero através do uso de tecnologias apropriadas e processos participativos promovendo a gestão urbana, social e ambiental das cidades, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dapopulação urbana e para a sustentabilidade das cidades.
http://agriculturaurbana.org.br/sitio/textos/panorama%20AUP.pdf