quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Uso de agrotóxicos para controle do Aedes aegypti? Se vc acha pouco, não sabe que foi aprovada a pulverização aérea em ambientes urbanos. Veja a nota da Abrasco sobre as estratégias químicas de controle do mosquito.


O Ministério da Saúde tem atuado no controle do Aedes aegypti pelos mesmos métodos ineficazes e perigosos utilizados há 40 anos. É preciso problematizar o uso de produtos químicos numa escala que desconsidera as vulnerabilidades biológicas e socioambientais de pessoas e comunidades. O uso de tais substâncias pela Saúde Pública não tem tido efetividade, não diminui a infestação pelo Aedes e provoca danos sérios às pessoas. Os compostos organofosforados e piretroides causam graves efeitos deletérios para o sistema nervoso central e periférico, além de provocarem náusea, vômito, diarreia, dificuldade respiratória e sintomas de fraqueza muscular.
Preocupa-nos o uso intensivo de produtos químicos sabidamente tóxicos, como o Malathion, um verdadeiro contra senso sanitário. Este produto é um agrotóxico organofosforado considerado pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) como potencialmente cancerígeno para seres humanos. Além disso, está sendo preconizado o uso de larvicida diretamente nos carros-pipas que distribuem água nas regiões do Agreste e Sertão do Nordeste.
A Abrasco questiona: por que não foram priorizadas até agora as ações de saneamento ambiental, estratégia que parece ficar ainda mais distante? O que de fato está sendo feito para o abastecimento regular de água nas periferias das cidades? Como as pessoas podem proteger a água para consumo? Por que apesar de muitas cidades terem coleta de lixo regular, ainda se observa uma quantidade enorme de lixo diariamente presente no ambiente? E a drenagem urbana de águas pluviais? E o esgotamento sanitário?

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Por que o mercado de orgânicos ainda não deslanchou no Brasil?

 Jean-Philip Struck - CARTA CAPITAL
 
Especialistas afirmam que há interesse dos consumidores e que futuro é promissor, mas setor esbarra numa série de dificuldades para os produtores
O Brasil figura desde 2009 como o líder mundial no consumo de agrotóxicos. Na contramão dessa tendência, o mercado de alimentos orgânicos, que foca numa produção mais saudável, vem crescendo no país nos últimos anos.
O setor, no entanto, ainda enfrenta vários problemas, como dificuldades de logística, excesso de burocracia e carência de insumos.

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Embrapa abre página sobre o Código Florestal

A página da Embrapa "reúne tanto informações para facilitar o entendimento desta Lei, como também, conteúdos técnicos para a recuperação de áreas, como estratégias de recuperação, experiências já realizadas, espécies de plantas nativas sugeridas para plantio e soluções tecnológicas da Embrapa e parceiros, além de boas práticas agrícolas que contribuirão para o alcance do desenvolvimento sustentável da propriedade rural nos diferentes biomas."

 Acesse: https://www.embrapa.br/codigo-florestal

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

0 Pesquisador da Fiocruz alerta: Pulverizar cidades com agrotóxicos é demanda da indústria, apoiada pela bancada ruralista

Lei nº 13.301/2016 aprovada pelo presidente interino Michel Temer nesta terça-feira, 28/6/2016, que dispõe sobre medidas de controle do mosquito Aedes aegypti, autorizando a pulverização aérea de inseticidas em áreas urbanas, consiste em um equívoco e um enorme perigo.
De acordo com o texto, fica permitida a “incorporação de mecanismos de controle vetorial por meio de dispersão por aeronaves mediante aprovação das autoridades sanitárias e da comprovação científica da eficácia da medida”.
A situação revela-se grave uma vez que essa proposta não parte de segmentos da Saúde, mas de um segmento do mercado, que atua na venda de serviços – o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag).
A demanda do sindicato foi levada ao Congresso pelo deputado federal Valdir Colatto (PMDB-SC), sob a forma de emenda à Medida Provisória 712/2016 (que dispõe sobre a adoção de ações de vigilância em saúde contra o mosquito transmissor dos vírus da dengue, zika e chicungunya), com apoio da bancada ruralista. A emenda foi aprovada e agora sancionada pela presidência interina.