Paulo Augusto Wiesel e Eduardo Sasaoka
Este estudo mostra a tendência e a participação das principais regiões produtoras de batata do Estado de São Paulo no suprimento dos mercados regionais do Centro-Sul do Brasil no período 1979-87. Os dados básicos de volumes comercializados, coletados e divulgados pela Companhia Brasileira de Alimentos (COBAL), foram cotejados com os de produção, levantados pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) e procedeu-se à análise crítica dessas estatísticas à luz dos estudos de safras e mercado.
Constatou-se substancial decréscimo na expressão fornecedora de batatas do_grupo da Achat na região metropolitana_paulista, moderada redução nas regiões de Monte Mor e Taubaté e significativo aumento na de Divinolândia. Nesta última região associou-se a ganhos de economia de escala na produção e de produtividade, com a racionalização do uso de sementes, proporcionada pela proximidade de armazém frigorificado da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP) e de região serrana, para multiplicação de sementes importadas. Observou-se expansão moderada na principal região produtora de batatas do grupo da Bintje, Itapetininga, mantendo o mais elevado índice de tecnificação e contando com equipamentos frigorificados privados. Entre as regiões produtoras de Baraka e Radosa, a de Ibiúna manteve sua expressividade, privilegiada pela proximidade do mais importante centro de consumo nacional e pela integração da produção de batata com outros produtos hortícolas.