domingo, 30 de outubro de 2011

INTERAÇÃO DO ENSINO TÉCNICO NO DESENHO DO DESENVOLVIMENTO DA AGRICULTURA REGIONAL NO ESTADO DE SÃO PAULO

Chabaribery, Denyse et alii
A pesquisa faz uma reflexão sobre a inserção das escolas técnicas agrícolas do Estado de São Paulo nos contextos regionais, tentando avaliar as possibilidades dessas instituições como veiculadoras de programas educacionais que propiciem a construção de projetos próprios para o desenvolvimento da agricultura familiar. Conclui-se que essas instituições de ensino são importantes na articulação de agentes locais buscando novas alternativas, bem como, para a formação de novos quadros para o desenvolvimento da agricultura familiar.

Inovação na indústria sucroalcooleira paulista: os determinantes da adoção das tecnologias de agricultura de precisão

As tecnologias de Agricultura de Precisão (AP) já são adotadas nas lavouras do Brasil, com técnicas cada vez mais produtivas, indispensáveis para garantir a liderança do País na produção agrícola. No entanto, ainda não existem estudos sobre a intensidade do uso das tecnologias de AP no País e dos condicionantes de sua adoção. 
O desafio central deste trabalho foi, então, investigar o processo de adoção e uso das tecnologias de AP alcançado pela indústria sucroalcooleira no estado de São Paulo. Para tanto, foram utilizados dados primários, a partir de encaminhamento de questionário a todas as empresas do setor sucroalcooleiro paulista, com o objetivo de conhecer não só o grau de adoção e uso das tecnologias de AP, mas também de verificar a influência das variáveis estudadas na probabilidade de adoção dessas tecnologias. 
As conclusões deste trabalho sugerem não apenas que o percentual de adoção das tecnologias de AP é elevado na indústria sucroalcooleira paulista, mas também que a probabilidade de adotar tais tecnologias é maior em ordem decrescente de importância, em usinas/destilarias de capital nacional, que fazem parte de um grupo empresarial, de orientação exportadora, de gestão profissional, e que utilizam maior percentual de recursos próprios para investimentos na empresa.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Trocando ovelhas e cabras por cana irrigada no Semiárido

  Rinaldo dos Santos
Revista O BERRO, nº 149 - Outubro de 2011
Parece brincadeira, mas não é. O Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, está com o Projeto pronto. Não é um ministro qualquer; é justamente o da Integração Nacional. Ao invés de integrar a região sertaneja nordestina, por meio de cabras e ovelhas, ele pretende desintegrar, trocando os inocentes ruminantes pela cana irrigada. Liquidar o certo, para ficar com o incerto!
O principal objetivo do Projeto é, além de ampliar a produção do combustível no Brasil, impulsionar o programa de irrigação na região, cujo investimento poderá alcançar R$ 5 bilhões por meio de PPPs (parcerias público-privadas).
iz o projeto que “aliados à irrigação, o clima seco, a alta incidência de luz solar e as chuvas concentradas em poucos meses do ano fazem da região uma das melhores do Brasil para o cultivo da cana-de-açúcar”.
Continua, dizendo que, “segundo pesquisas da Embrapa, a cana-de-açúcar plantada na região chega a ter produtividade de 200 toneladas por hectare”. Afirma, também, que “a condição ideal afastaria o risco de quebra da safra da cana por condições climáticas, como ocorreu neste ano na região centro-sul do país, e a consequente elevação dos preços dos combustíveis por falta de oferta de etanol”.
www.remaatlantico.org/Members/suassuna/campanhas/trocando-ovelhas-e-cabras-por-cana-irrigada-no-semiarido/view

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Os principais programas de investimento na eletrificação rural paulista e seus benefícios

Odail Pagliardi; Angelo Gemignani Sobrinho; José Alberto Juliani; Wanderley Bernardi
O Ministério da Agricultura, através do Grupo Executivo de Eletrificação Rural – GEER, criado em 1970, deu o passo decisivo para eletrificar as propriedades agrícolas brasileiras. O programa I PNER, considerado o marco inicial da eletrificação rural, foi importante para São Paulo, possibilitando o atendimento de 1630 usuários. Os programas que se sucederam, permitiram que o Estado deixasse a incômoda posição de ter 15% apenas de suas propriedades eletrificadas, em 1970, para atingir 60% em meados da década de oitenta.
Desde então, após cerca de uma década, em 1996, as autoridades governamentais se empenharam para continuar levando a eletricidade ao campo paulista, apresentando o Programa Luz da Terra, com recursos provenientes do BNDES e do FEAP, tendo como agente financiador a Nossa Caixa – Nosso Banco. O programa, ainda em vigor, tem como objetivo atingir 80% de eletrificação das propriedades.
O fato interessante, no que diz respeito a este financiamento, é quanto ao programa ser feito com base no valor produto plantado pelo agricultor a exemplo do crédito rural tradicional. Contudo existem críticas ao Programa principalmente em relação ao montante financiado e a atuação das concessionárias elétricas.

O MERCADO DE MÃO-DE-OBRA VOLANTE NA AGRICULTURA PAULISTA, 1974/75 A 1986/87

Maria Carlota Meloni Vicente, Evaristo Marzabal Neves, José Roberto Vicente
O objetivo deste trabalho foi analisar aspectos da demanda e oferta de mão-de-obra volante na agricultura paulista. 0 mercado de mão-de-obra volante foi representado por equações simultâneas, onde as variáveis endógenas foram o número de volantes e o salário. 0 período analisado estendeu-se de novembro de 1974 a setembro de 1987, com observações para vários meses do ano (fevereiro, abril, junho, setembro e novembro)4 o que possibilitou avaliar a estacionalidade do trabalho. As estimativas dos parâmetros das equações estruturais foram obtidas pelo método dos Mínimos Quadrados em Dois Estágios. Os dados básicos utilizados na pesquisa tiveram como fonte o Instituto de Economia Agrícola (IEA) e a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os resultados obtidos indicaram inelasticidade-salário da demanda e elasticidade-salário da oferta da ordem de 1,03. As variáveis deslocadoras da função de demanda foram a motomecanização das operações de capina e colheita, a relação entre os preços recebidos e os preços pagos pelos agricultores, o emprego de residente, uma variável binária para o mês de junho e a tendência. Na equação de oferta, foram significativos os coeficientes das variáveis salário da mão-de-obra volante, salário mínimo (utilizado como salário alternativo) e tendência.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

SITUAÇÃO ATUAL DA PARTICIPAÇÃO DAS HORTALIÇAS NO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO E PERSPECTIVAS FUTURAS

Nirlene Junqueira Vilela, Gilmar Paulo Henz

Este trabalho descreve a situação das hortaliças no contexto do agronegócio brasileiro, com vistas à atender uma demanda crescente por informações por parte do público que desenvolve atividades relacionadas à área. 
Levando em consideração a produção dos estados mais importantes da Região Sudeste, procurou-se traçar o perfil atual do mercado de hortaliças em termos de volume, participação e valores financeiros, bem como descrever as principais características do movimento comercial de batata, tomate, cenoura, alho e cebola. Foram consideradas as novas tendências de consumo e a expansão de novos mercados para hortaliças, como produtos orgânicos, minimamente processados, congelados e supergelados, conservas e enlatados, desidratados e liofilizados.
Discutiram-se também as mudanças na estrutura de distribuição das hortaliças no atacado e varejo, com as conseqüências da crescente participação dos supermercados nas vendas. Foi avaliada a participação das hortaliças em uma projeção do consumo alimentar nas diferentes classes de renda, em diferentes cenários (taxa de crescimento econômico, incremento populacional, consumo). De acordo com os dados levantados, o agronegócio das hortaliças oferece amplas perspectivas para todos os segmentos envolvidos, e as mudanças observadas no mercado apontam para melhoria da eficiência, associada a ganho de competitividade, em qualidade, diferenciação, preços e custos.

Mão-de-obra volante na agricultura brasileira: uma revisão da bibliografia

William S. Saint

Grandes transformações estruturais na agricultura vêm acompanhando a ascensão do Brasil para a posição de terceiro maior exportador agrícola no mundo. Uma das mais visíveis dentre essas transformações é o aparecimento do trabalhador assalariado temporário (o bóia-fria). 
É resenhada, aqui, a literatura existente sobre o assunto. Nossa discussão focaliza os processos históricos que contribuíram para a mudança nas relações de trabalho, assim como os principais fatores que a ensejaram: a) modernização tecnológica e crescente variação sazonal; b) mudanças na composição de culturas e nos requisitos de mão-de-obra; c) modificações na legislação trabalhista rural e benefícios associados. Além disso, são estudados as formas de emprego do trabalho assalariado temporário (inclusive o recrutamento) e descritas as condições e qualidade de vida desses empregados volantes. Finalmente, há uma breve análise das respostas correntes de política relativas a esse reconhecido problema social.

EVOLUÇ ÃO DA PRODUTIVIDADE NA CITRICULTURA PAULISTA

Denise Viani Caser, Antonio Ambrosio Amaro
No decorrer de sua história, a citricultura brasileira mostrou fases de expansão e de retração, de prosperidade e de decadência, desenvolvendo-se com mínima intervenção governamental.
Foi na área da pesquisa e da extensão rural que houve a maior concentração de esforços governamentais, tanto federal como estadual. A partir da década 1960, com o desenvolvimento da indústria de suco concentrado, o crescimento da demanda pela matéria-prima provocou expansão da área plantada e da produção, até fins da década de 1990, passando a se constituir numa das principais atividades agrícolas no Estado de São Paulo.
Na citricultura, as pesquisas abrangem estudos de clima, solo, genética, botânica, sanidade das plantas, propagação de material, portaenxertos, diversos manejos de fitotecnia (água,espaçamentos), nutrição, pragas, doenças, fisiologia, economia e administração.
A finalidade principal das pesquisas foi sempre a de proporcionar aos citricultores conhecimentos que permitissem obter nos pomares as melhores produções econômicas tanto em quantidade quanto em qualidade dos frutos.

DINÂMICA DA AGROPECUÁRIA PAULISTA NO CONTEXTO DAS TRANSFORMAÇÕES DE SUA AGRICULTURA

José Sidnei Gonçalves
Este trabalho representa uma primeira abordagem e insere-se numa pesquisa mais ampla que objetiva: desenvolver a análise da agricultura e da agropecuária paulista dentro de um processo de discussão em que serão retomadas as principais contribuições do Instituto de Economia Agrícola (IEA) desde seu surgimento enquanto Comissão de Estudos de Economia Rural nos idos de 9 de setembro de 1942. 
A análise dos textos institucionais, considerados fundamentais, no contexto em que foram escritos, permitirá não apenas aquilatar a relevância do IEA na formatação da “ideologia da modernização” que sustentou esse processo no plano da sociedade, mas também atualizar e aprimorar bases de dados estruturais que conformaram o lastro empírico para essas análises aplicadas. Registrado no CCTC, IE-67/2005.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

NOVAS OPORTUNIDADES PARA O DESENVOLVIMENTO RURAL DIRIGIDO PELAS COMUNIDADES

Ignacy Sachs
O desenvolvimento rural é ainda um componente essencial das estratégias do desenvolvimento sustentado por três razões:
· Como um imperativo social, através da inclusão social por “trabalho decente”;
· Como um imperativo ambiental, através da promoção do “fazendo bom uso da natureza” pelas sociedades camponesas;
· Como um setor com significativo efeito multiplicador sobre o resto da economia.
CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE REFORMA AGRÁRIA E DESENVOLVIMENTO RURAL
Porto Alegre, 7-10 de março de 2006  -  www.icarrd.org/po/icarrd_docs_issues.html