quinta-feira, 25 de abril de 2013

Proteção Integrada e Manejo Integrado de Pragas

A Protecção Integrada 

 Pedro Amaro

As principais razões do interesse no desenvolvimento das técnicas de proteção integrada resultaram dos inconvenientes inerentes à utilização irracional e excessiva da luta química na proteção das plantas e, também, dos perigos de uma industrialização desequilibrada da agricultura. Na verdade, essa evolução é considerada, hoje, como fundamental para assegurar o aumento e a melhoria da produção agrícola do País, evitando o agravamento dos problemas causados, à escala mundial, pela contaminação do ambiente, pelos resíduos dos pesticidas e pela deficiente utilização da energia.

Neste livro são abordadas as questões acima referidas, a par de outras como:

  • Ênfase na agricultura sustentável e nas suas modalidades, produção integrada e agricultura biológica (Cap. 2).
  • Os inimigos das culturas e a sua importância econômica (Cap. 3);
  • Importância de considerar sempre a proteção integrada como componente da produção integrada, com especial atenção para a prioridade a atribuir às medidas indiretas antes do recurso aos meios diretos de luta (Cap. 4 e 6).
  • A luta física contra as pragas e doenças (Cap. 5).
  • A evolução do conceito de proteção integrada também quanto ao reforço das preocupações de proteção dos auxiliares e de outras precauções em relação a outros efeitos secundários dos pesticidas em defesa do Homem e do ambiente (Cap. 4 e 10).
  • As novas possibilidades proporcionadas pelos notáveis progressos da luta biológica (Cap. 8) e da luta biotécnica (Cap. 9).
  • A profunda modificação na utilização da luta química de acordo com as orientações da proteção integrada em consequência da prioridade atribuída à prévia ponderação dos efeitos secundários dos pesticidas, bem evidenciada pelas exigências da análise do risco dos pesticidas para o Homem e o ambiente (Cap. 14) e pela intervenção da União Europeia na harmonização da regulamentação sobre homologação dos pesticidas agrícolas nos 15 países da UE, na reavaliação dos pesticidas existentes, nas regras de autorização de novos pesticidas e no fomento do uso sustentável dos pesticidas (Cap. 10, 11 e 12).
  • A produção e o consumo de pesticidas (Cap. 13)

domingo, 8 de abril de 2012

Paisagens e uso do solo urbano e rural

 Diamantino Pereira
A consideração do tema impõe uma reflexão sobre o significado de seus componentes, uma vez que o seu entendimento é variado e alguns deles estão imersos em polêmicas de longa data. Dessa forma, neste texto desenvolveremos uma discussão a respeito do conceito de paisagem que no nosso entender não deve ficar circunscrito à apreensão sensorial, mas sim relacionado com o conceito de espaço. A qualificação das paisagens como urbanas ou rurais exigiu algumas considerações a respeito da produção da paisagem/espaço e apontamentos referentes à polêmica afirmação de Lefebvre no sentido de que as sociedades atuais caminhariam no sentido de sua urbanização total eclipsando assim a sua dimensão rural. O uso do solo foi entendido aqui como um processo de produção do espaço, descaracterizando assim o seu entendimento mais imediato de simples implantação de arquiteturas.
Palavras-chave: Paisagem, Produção do Espaço, Urbano, Rural, Uso do Solo.
 www.pluridoc.com/Site/FrontOffice/default.aspx?module=Files/FileDescription&ID=6661&state=TD

segunda-feira, 19 de março de 2012

APONTAMENTOS PARA UMA ABORDAGEM DIALÉTICA DAS RELAÇÕES CIDADE-CAMPO

Giancarlo Livman Frabetti
A análise da relação cidade-campo nas ciências sociais é constantemente deduzida a partir da aplicação de um modelo unívoco de interpretação. Por isso, a sua importância para a compreensão dos fenômenos sociais vem sendo negligenciada. Este artigo visa identificar subsídios teóricos que nos permitam pensar a complexidade das relações entre cidade e campo. Para isso, partiremos das bases clássicas sobre o debate, a partir das quais derivam as formulações que advogam o fim das contradições nestas relações. Uma vez demonstrado que a teoria do desenvolvimento desigual do capitalismo refuta essas teses, finalizaremos com a análise do caso brasileiro, sugerindo uma variedade de possibilidades de se conceber dialeticamente as contradições entre campo e cidade.
Palavras-chave: Cidade, Campo, Relação cidade-campo, Desenvolvimento Desigual, Desenvolvimento Rural.
www.geografia.fflch.usp.br/revistaagraria/revistas/5/5.htm

sábado, 10 de março de 2012

Uso agrícola de esgoto tratado em lagoas de estabilização: experiências em Lins – SP

Fernando Campos Mendonça; Roque Passos Piveli

Em uma área de cerca de 6 hectares, ao lado do sistema de tratamento de esgotos de Lins – SP, pertencente à Sabesp, foi construído um sistema piloto para a realização de estudos sobre aplicações agrícolas do efluente final. Construíram-se unidades de tratamento adicional dos esgotos, principalmente de desinfecção por hipocloritação, aplicação de radiação ultravioleta (UV) e ozonização. Os efluentes finais foram aplicados em processo de fertirrigação, tendo-se cultivado café, milho e feijão, alimentados por gotejamento. Paralelamente, uma parcela dos esgotos alimentou um sistema de hidroponia em vasos, onde foram cultivados crisântemo e Gypsophila (mosquitinho). Uma terceira linha paralela alimentou um tanque de piscicultura em que foram cultivadas tilápias do Nilo. Recorreu-se a uma série de variáveis físico-químicas e biológicas para o controle da qualidade dos esgotos nos diversos estágios do tratamento das espécies cultivadas e do solo, bem como à utilização de parâmetros agronômicos para a identificação das características dos crescimentos. Em todos os casos, foram mantidos controles em paralelo com culturas convencionais. Os resultados demonstraram que o efluente das lagoas, além da capacidade hídrica, possui nutrientes potencialmente aproveitáveis agronomicamente, podendo vir a constituir economia substancial em tais aplicações que, por outro lado, evitam a eutrofização das águas naturais.

sexta-feira, 9 de março de 2012

TRADIÇÃO DO CULTIVO DA UVA NIAGARA NO ESTADO DE SÃO PAULO

Priscilla R Silva; Adriana R Verdi; Vera Lúcia F S Francisco; Celma S L Baptistella
A uva Niagara Rosada, variedade comum de mesa mais cultivada e consumida no Brasil, teve seu berço em Jundiaí em 1933, operando, em pouquíssimo tempo, radical transformação na estrutura vitícola paulista. Neste artigo, a tradição da viticultura foi comprovada a partir dos informes datados de 1945, comparados com os dados de levantamentos censitários de 1998 a 2003. A viticultura nessa região vem sendo, nos últimos 60 anos, uma atividade agrícola típica de pequena propriedade, onde o uso de mão-de-obra familiar é característica local. Políticas públicas que venham a ser adotadas na região incidirão em grande porcentagem da população local.

Agricultores e comerciantes em São Paulo nos inícios do século XVIII: o processo de sedimentação da elite paulistana

Ilana Blaj


Estudos mais recentes sobre a vila de São Paulo no período colonial têm destacado seu grau de mercantilização crescente e a formação de uma sociedade rigidamente hierarquizada. Preten-de-se, tomando como baliza os inícios do século XVIII, apontar para a sedimentação de uma elite paulistana que concentra em suas mãos terras, escravos, produção agrícola, criação de gado e comércio e, que, através das relações patrimonialistas no âmbito da Coroa Portuguesa, consolida-se progres-sivamente no poder

A QUESTÃO DA DECISÃO DO PROPRIETÁRIO EM ARRENDAMENTO AGRÍCOLA: ESTUDO DE CASOS DE ITUVERAVA E MIGUELÓPOLIS, SÃO PAULO

Richard Domingues Dulley; Zuleima Alleoni Pires de Souza Santos

Esta pesquisa constitui um estudo de casos enfocando a questão da decisão do proprietário rural em arrendar suas terras a terceiros ou produzir nelas por conta própria e, dentro desse contexto,verificar porque predominam os contratos na base de confiança pessoal; de que modo o proprietário determina o guanto cobra pelo arrendamento de suas terras; e como evoluiria a prática do arrendamento em condições de taxa de juros e crédito favoráveis aos agricultores. Conclui-se que os proprietários entrevistados estão arraigados aos costumes de arrendar a terra na base de confiança pessoal, dando preferência a pessoas bem conhecidas. Isto decorre do significado que a propriedade de terra tem para eles como sinônimo de segurança, dificultando a "modernização" das suas relações com os arrendatários.