quinta-feira, 18 de agosto de 2011

CAMPO E CIDADE NO BRASIL CONTEMPORÂNEO


 Ruy Moreira
Professor dos Cursos de Graduação e Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal Fluminense
A cidade é um fenômeno espacial que praticamente nasce com a sociedade. Para alguns estudiosos, literalmente. Para outros, a partir de um momento além. O campo, diversamente, é um fenômeno recente, correspondendo à divisão territorial do trabalho engendrada pela moderna sociedade capitalista.
No Brasil o fenômeno da cidade e do campo só em linhas gerais seguiu o modelo universal. Há uma forma histórica própria segundo a qual a cidade e o campo nascem e se relacionam no Brasil, bem como o modo de desenvolvimento de sua evolução até os dias de hoje.
Três são as formas históricas da relação cidade-campo enquanto modo de organização espacial das sociedades no tempo: cidade e campo numa sociedade de cultura rural; cidade e campo numa cultura de divisão territorial de trabalho; e cidade e campo numa sociedade de cultura urbana.
 www.sescsp.org.br/sesc/conferencias/subindex.cfm?Referencia=3687&ID=221&ParamEnd=6&autor=3259

domingo, 14 de agosto de 2011

AGRICULTURA ORGÂNICA EM ÁREAS URBANAS E PERIURBANAS COM BASE NA AGROECOLOGIA

Adriana Maria de Aquino e Renato Linhares de Assis
Pesquisadores, Embrapa Agrobiologia
A agricultura orgânica com base na agroecologia é o mote tecnológico adequado à realidade dos agroecossistemas urbanos. Este artigo ressalta a necessidade de se desenvolver tecnologias e insumos específicos. A partir de experiências com agricultura urbana em diferentes países em desenvolvimento, evidencia-se a necessidade de se buscar capacidades locais e apoio do poder público, especialmente nas iniciativas da sociedade organizada e mobilizada para a produção agrícola urbana.
Palavras-chave: Agricultura urbana. Agroecologia. Segurança alimentar. Sustentabilidade.
Ambiente & Sociedade ■ Campinas ■ v. X, n. 1 ■ p. 137-150 ■ jan.-jun. 2007
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_pdf&pid=S1414-753X2007000100009&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt

Relações entre mundo rural e mundo urbano: evolução histórica, situação actual e pistas para o futuro

 João Ferrão
Instituto de Ciências Sociais - Lisboa
Este texto tem como finalidade identificar linhas de intervenção que favoreçam o estabelecimento de relações de maior complementaridade e simbiose entre os mundos rural e urbano.
Com este objetivo presente, efectua-se, num primeiro ponto, uma reconstituição sintética das relações rural-urbano que historicamente dominaram nos países europeus, de forma a salientar as principais inflexões ocorridas ao longo do tempo e seu significado.
Num segundo ponto sublinham-se os traços mais marcantes das situações hoje prevalecentes, interpretando-os à luz de breve reconstituição histórica anteriormente apresentada.
Por último, num terceiro ponto propõem-se algumas linhas estratégicas de intervenção visando o estabelecer uma nova geração de relações de complementaridade entre o mundo rural e o mundo urbano.
http://www.scielo.cl/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0250-71612000007800006#1

sábado, 13 de agosto de 2011

Agricultura familiar e uso do solo

Resumo

Para discutir estes temas, o presente texto divide-se em três partes, além desta
apresentação. Inicialmente (item 2), procura-se oferecer uma definição de
agricultura familiar e as principais informações a respeito de seu desempenho, em
países capitalistas centrais e no Brasil. Mesmo não se tratando de um panorama
completo sobre o tema, as informações oferecidas procuram mostrar que
agricultura familiar e pequena produção não podem ser tomadas como sinônimos.
Em seguida (item 3) é apresentada a questão específica proposta na mesa-redonda:
o uso do solo na agricultura familiar. Discutem-se dados nacionais propostos por
um estudo da FAO (1995) e os resultados de uma pesquisa publicada recentemente
sobre o Estado de São Paulo. Em ambos os casos, fica nítido o potencial
econômico da agricultura familiar. No item 4 sugere-se (sem aprofundar o tema)
que ao potencial econômico embutido na agricultura familiar corresponde uma
vocação ainda mais importante: a de servir como base para uma estratégia
descentralizada de desenvolvimento.

http://www.abramovay.pro.br/artigos_cientificos/1997/Agricultura_familiar.pdf


sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Indicadores do mercado de trabalho do sistema agroindustrial da cana-de-açúcar do Brasil no período 1992-2005

RESUMO

Este trabalho analisa os ambientes institucional e organizacional do mercado de trabalho do setor sucroalcooleiro do Brasil, e apresenta seus indicadores sociais para o período 1992-2005. As fontes de dados são as PNADs (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e os Registros Administrativos da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) do Ministério do Trabalho e Emprego. No setor de cana-de-açúcar, verificou-se redução de 23% do número de empregados entre 1992 e 2005, a despeito do crescimento da produção de 54,6%; do total de 519.917 empregados, 27,1% são informais; o nível de educação dos empregados do setor de cana-de-açúcar tem evoluído positivamente, mas ainda é baixo: em 2005, 70% tinham até quatro anos de estudo e existia uma parte significativa de analfabetos (29%) (PNAD). Segundo os registros da RAIS, os maiores salários médios mensais foram pagos pela indústria do álcool (R$ 706,29), seguidos pela indústria do açúcar (R$ 698,99), e pelo setor agrícola (R$ 647,22).

Palavras-chave: mercado de trabalho, sistema agroindustrial da cana-de-açúcar, ambiente institucional, ambiente organizacional

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-41612007000400007&lng=en&nrm=iso


Por que morrem os cortadores de cana?

Resumo
O objetivo deste trabalho é demonstrar que a morte
dos trabalhadores assalariados rurais, cortadores de
cana, advém do pagamento por produção. Os processos
de produção e de trabalho vigentes no Complexo
Agroindustrial Canavieiro foram concebidos objetivando
a produtividade crescente do trabalho e, combinados
ao pagamento por produção, provocam a necessidade
de os trabalhadores aumentarem o esforço
despendido no trabalho. O crescimento do dispêndio
de energia e do esforço para cortar mais cana provoca
ou a morte dos trabalhadores ou a perda precoce de
capacidade de trabalho.
Palavras-chaves: Morte por excesso de trabalho; Processo
de produção; Processo de trabalho; Complexo
agroindustrial canavieiro; Pagamento por produção.

http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v15n3/08.pdf




Acidentes do trabalho rural no interior paulista

RESUMO

No interior paulista, coabitam alta tecnologia e acidentes do trabalho estritamente manuais, ou seja, o alto índice de tecnologia utilizada na agropecuária não descartou a possibilidade de existirem acidentes com trabalhadores rurais, que exercem atividades com baixo padrão tecnológico, sobretudo as vinculadas ao plantio e corte de cana-de-açúcar. Onde eles, em sua maioria, sofrem acidentes no exercício diário de sua profissão.

Palavras-chave: trabalhador rural; acidente do trabalho; atividade agrícola.


http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-88392003000200009&script=sci_arttext