quinta-feira, 28 de maio de 2020

Desmatamento zero: modelo sustentável inova a criação de gado na Amazônia

 

No sistema PRV, o gado esgota uma área de pastagem e é transferido para outra, enquanto a primeira se recupera. Foto: Amanda Lelis.


Um criador de Tefé, no Amazonas, fez de sua fazenda uma referência para a pecuária na floresta, em uma iniciativa do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. Além da rentabilidade maior, o sistema é mais produtivo, mesmo usando uma área menor de pastagem.
No sistema PRV (Pastejo Racional Voisin), idealizado pelo pesquisador francês André Voisin, o gado fica confinado se alimentando em parcelas cercadas. O ideal é que as parcelas sejam dimensionadas para o plantel consumir o pasto em um dia. Depois de consumir aquela pastagem, as cabeças são movidas para a próxima parcela e assim todo o dia tem pasto novo – enquanto isso, o solo e a vegetação da primeira se recuperam.
Essa forma de criação dispensa a necessidade de que novas áreas de floresta sejam derrubadas para a abertura de pastos. Uma das mais importantes atividades da economia brasileira, a pecuária tem uma imagem ligada ao desmatamento na Amazônia.
Aproveitar áreas já degradadas e abandonadas é uma das soluções apontadas para a criação de gado na floresta. Um estudo publicado pela revista Science em 2019 mostra que o Brasil tem 50 milhões de hectares nessas condições disponíveis para a pecuária.

https://brasil.mongabay.com/2020/04/desmatamento-zero-modelo-sustentavel-inova-a-criacao-de-gado-na-amazonia/