Pesquisadora é perseguida após divulgar resultados de sua pesquisa que comprovam que não existe dose segura de resíduos de agrotóxicos
Mariana Simões, Agência Pública/Repórter Brasil

Há
30 anos, a imunologista Mônica Lopes Ferreira desempenha uma celebrada carreira
no Instituto Butantan, instituição pública centenária ligada à Secretaria da
Saúde de São Paulo, que atua como centro de pesquisa biológica. Há dois meses,
porém, Mônica tem passado por um campanha contra ela dentro do instituto.
Tudo
começou quando a imunologista analisou dez agrotóxicos que estão entre os mais
utilizados no Brasil e revelou que todos, em qualquer quantidade aplicada,
causam graves prejuízos à saúde humana. São eles: abamectina, acefato,
alfacipermetrina, bendiocarb, carbofurano, diazinon, etofenprox, glifosato,
malathion e piripoxifem.
Os
resultados demonstram que os pesticidas causam mortes e malformação de fetos em
embriões de peixe-zebra até mesmo em dosagens equivalentes a até um trigésimo
do recomendado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“Quando
ele não matava, causava anomalia, o que para mim é uma coisa extremamente
preocupante”, alerta Mônica, explicando que a genética do zebrafish, como é
conhecido, é 70% semelhante à dos seres humanos.
https://apublica.org/2019/09/pesquisadora-e-perseguida-apos-comprovar-que-nao-existe-dose-segura-de-agrotoxicos/
https://portrasdoalimento.info/2019/09/30/pesquisadora-vira-alvo-de-perseguicoes-apos-comprovar-que-nao-existe-dose-segura-de-agrotoxicos/#